sexta-feira, 3 de maio de 2013

Amour

Nem sempre consigo registrar os filmes que vejo, mas este quero. Preciso.

Aproveitei o feriado de primeiro de maio para assistir este filme francês de 2 horas, enquanto fazia meus exercícios aeróbicos.

Este filme é imperdível para quem enche a boca para falar de amor, ou seja, todos nós.
Os atores são fantásticos e tem-se a impressão de que tudo é real e ao mesmo tempo raro, uma exceção.

Quantos de nós teriam tanta cumplicidade, tanto amor, carinho e dedicação quando o amor mais precisa ser revelado?

As famílias não suportam mais a convivência nem nas datas tradicionais, o que dizer nas horas de aflição de um parente próximo? Nossa insensibilidade e descompromisso supera qualquer outra emoção.

Esta semana em minha cidade as notícias focam  o aumento de violência e abandono dos velhos, ou melhor, das pessoas que já trabalharam, contribuíram para com a sociedade e hoje sofrem abusos de toda a ordem, seja em deslocamentos pelas ruas, seja na própria casa ou vizinhança.

Quando abandonamos uns aos outros vamos reduzindo a capacidade de amar, de sentir, de nos fortalecer com as experiências que a troca de afetos proporciona.
Cavamos nossa própria sepultura e para isso não falta apoio!

O amor em nossos dias é virtual, o beijo e o abraço são virtuais, mas a dor, a doença, o abandono, o sofrimento acontece em tempo real quer queiramos ou não.

Este filme deveria passar nas escolas para religar os jovens aos seus familiares, para perceberem que amor não é só balada e sexo. 
Precisamos uns dos outros nos bons e maus momentos, para acreditar que somos ou que poderemos nos tornar seres humanos.
Precisamos. 
Preciso.



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"Um sonhador é alguém que só consegue encontrar seu caminho à luz da lua, e seu castigo é ver o amanhecer antes do resto do mundo" Oscar Wilde