quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

E amanhã será realmente o fim do mundo?

Não sei se o mundo termina amanhã. Acredito que não.
Minha tese é que todo  santo dia é dia de acabar o mundo:  o mundo de coisas que precisam expirar porque já perderam o prazo de validade.
Outra  tese é que todo  santo dia é uma nova oportunidade para o mundo (re)começar, para revalidar o que vale a pena continuar.
Dezembro veio carregado de eventos que fazem acreditar que o mundo está chegando ao fim, e ao mesmo tempo mostrando que vale a pena continuar nossos projetos até o fim seja do mundo, seja o nosso. Vamos até ele. Quem viver verá.

Enquanto isso descobri em um shopping da cidade o Tropical Banana. Uma vez por semana, depois da aula de tango é para lá que vou lanchar.

Adoro sanduíches e a ideia de montar meu próprio sanduíche e ver alguém prepará-lo e vir mais gostoso do que idealizei no papel é maravilhoso.

Além disso, eles tem sucos fantásticos e lá eu posso tomar meu suco de caldo de cana com limão, sem receio. 

É isso. Uma boa ideia saudável. Se o mundo não acabar, ano que vem volto lá para montar mais um sanduíche!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Espelho, espelho meu

A frase espelho, espelho meu sempre reflete  a memória do filme da Branca de Neve e os 7 anões.

Mais intimamente, reflete a dúvida de cada um se está bem, se parece bonito, competente e até poderoso.

O ser humano é cercado por espelhos. Às vezes os espelhos são puxa-sacos, pessoas dispostas a confirmar o ego nosso de cada dia. Outras vezes por pessoas insatisfeitas consigo mesma ou conosco que estão sempre iluminando o nosso lado mais escuro.

Tem também os "espelhos" que se divertem, que brincam com nossa imagem, mais à direita, mais à esquerda e até desfocando.

Certo é que espelhos existem desde que o mundo é mundo e sem eles não teríamos a mínima ideia da nossa silhueta ou fisionomia. E espelhos servem para isto: para dar uma ideia da nossa imagem e semelhança, em um determinado instante.

Não adianta quebrar os espelhos quando não se está satisfeito com o que se vê, nem mergulhar para dentro dele, como fez Narciso.

O jeito é, a cada imagem construída ou destruída, seguir em frente. 
Precisamos uns dos outros para espelhar a vida, a morte, as alegrias e as tristezas.
Precisamos dos espelhos, de todas as imagens, ainda que falsas, para decifrar os grandes mistérios. Afinal, ninguém tem o poder de ver a si mesmo a não ser pela interpretação de espelhos, sejam eles animados ou inanimados.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

A cada novo ato um pulo do gato!

Há horas queria fazer biscoitos, mas ou não tinha os ingredientes ou tinha preguiça.
Tenho zilhões de receitas e quando tento uma que parece segura... falta o pulo do gato.

Hoje fiz uma receita de cookies de aveia e passas. Peguei a receita de um vídeo. Apesar de simples, assisti a cada detalhe duas vezes e usei as medidas certas.

Resultado: faltou o pulo do gato. Minha aveia era diferente, meu açúcar e meu forno também. Assim, alguns ficaram legais, outros queimados outros esfarelados, mas vou aproveitar tudo, porque a receita ficou ótima e os farelos posso usar no iogurte ou em um sorvete.

Tudo na vida tem o pulo do gato. A mesma coisa, o mesmo  hábito, em outro dia, com outro humor, mais ou menos hormônios...precisa de um pulo do gato - na medida certa.

Vou arriscar fazer mais biscoitos e exercitar novos pulos!

sábado, 24 de novembro de 2012

Viver comprando ou desfrutar a vida?

Ontem recebi duas mensagens que vieram ao encontro das reflexões que venho fazendo nos últimos anos.

Resumindo: a primeira fala de uma americana que aprendeu no período em que estava desempregada a viver sem gastar dinheiro, aproveitando o luxuoso lixo dos bairros nobres de NYC. Com a economia que fez conseguiu comprar um imóvel e agora apesar de empregada, segue cada vez mais econômica; a segunda é um desafio para passado o Black Friday não comprar mais nada até 2013.

Considerando que ninguém mais tem tempo para fazer o que gosta e que vivemos em filas comprando, comprando e comprando vou aderir ao desafio.

Leo Babauta, nos incita:

"We are more than consumers. We don’t need to buy gifts to celebrate the holidays with each other — we can get together, make delicious food, go outside and do something fun, play games, talk, tell jokes, tell stories, give hugs."

Nós somos mais do que consumidores. Nós não necessitamos comprar presentes para celebrar os feriados com os outros - podemos nos reunir para preparar deliciosos alimentos, para sair e fazer algo divertido, jogar, conversar, contar piadas, contar histórias, dar abraços.

Eu acredito que este comportamento faz o tempo "crescer" em nossas vidas. Como sinto que se alonga quando estou em viagem, só desfrutando a vida, sem pressa para filas ou compras.

Seguem as regras do desafio:

The Challenge Rules

There are no official rules. Make it up as you go.
However, some suggestions:
  1. Make a commitment to Buy Nothing, except necessities, through the end of 2012. Tell at least one other person, or better yet, spread the word through Facebook, Twitter, G+, email, etc.
  2. Necessities are OK. Of course you’ll have to buy groceries and household supplies and medicine, and shoes for your kid if the shoes get holes in them. Christmas decorations are fine, as are balloons for your New Year’s party. And if you need to buy stuff for your business or work, go ahead and do that. But avoid buying gifts, or new clothes or gadgets or other things for yourself.
  3. Find other ways. If you need something, like a sweater or a hammer, see if you can find a different means other than buying it. Can you do without for a few more weeks? Can you borrow it from a friend? Trade? Find it free on Craigslist? Get it at a thrift store (yes, that’s buying, but buying from Goodwill is better than buying from Walmart). Can you make your own?
  4. Celebrate without buying gifts. There are lots of ways to celebrate the holidays, and buying gifts is only one possibility. We can have get-togethers with great food, with outdoor sports, indoor board games, out in nature. Or we can give food as gifts. Or our time. We can volunteer together. We can create movies and art together. Be creative!
  5. If you cave in and buy something for some reason, don’t fret. It’s much better to avoid buying for most of the holiday season, and save resources and carbon emissions (and debt), than to just ignore the issue and buy without limits. Just renew your commitment not to buy anything else after the slip up.
  6. If you’ve already done some shopping because of the sales, don’t worry. You can still participate by starting now, and forgetting about what came before!
Join me, my friends, and together let’s forge a new path that’s free from the burden of buying.

Vou participar!!!!

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Viver é uma arte!

Finalmente terminei de ler o livro On Rue Tatin.
Recebi este livro em uma troca há mais de dois anos e neste meio tempo lia e deixava de lado para um dia estar só com ele. Gostei dele desde a primeira linha.
Susan Loomis é americana, mas vive na Normandia, na cidade de Louviers com seu marido e um casal de filhos nesta linda casa retratada na capa do livro (que já foi um convento!).

Susan conta neste livro a sua história de amor com a França, país que escolheu para se estabelecer desde o início dos anos 80 e a saga para se adaptar às regras locais. 

Conheço pouco da França. Aliás, um país que ainda não voltei desde 2005, não porque não goste, mas porque foi o único lugar do mundo  onde  tive pertences roubados (mas minha convicção é de que não fui furtada por franceses).

Fiquei com vontade de perambular pela Normandia, de voltar para Paris, de voltar para a França, graças ao livro bem escrito. 
Susan descreve muito bem suas experiências por lá e os pratos que selecionou para o livro são simples e fáceis de fazer.

Este livro não volta para as listas de trocas. Quero reler e preparar a maioria das receitas.
Descobri hoje o site dela aqui. Muito simpático e cheio de informações.

Cadê o tempo que estava aqui???? Será que o gato comeu?!

Ontem tive que voltar ao hospital para falar com o médico. Consulta marcada, aguardando atendimento, fico observando ao redor. Todos de algum modo têm pressa. Todos estão ansiosos para aquele momento acabar e começar outro.

Uma das atendentes comenta com a outra, que a casa está uma bagunça, que não tem mais tempo para nada, que só corre e não dá conta dos  afazeres.

Estamos todos sem tempo. Será que o gato comeu? 

Onde foi parar aquele tempo que sobrava, que custava a passar, que até irritava de tão lento que era?

Certo é que precisamos fazer as pazes com o tempo, fazer uma parceria com ele, porque a falta de tempo tem levado muitos de nós ao stress, depressão profunda e para outras doenças mentais e físicas severas e incapacitantes.

É preciso aprender a relaxar, a fazer uma coisa por vez, tudo a seu tempo, sem pressa, planejado, organizado. Reaprender a estar no tempo, no aqui e agora - no presente.

Não, o gato não comeu o tempo. Nós é que o devoramos sem qualquer cuidado ou prazer.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Que bicho nojento!!!!

Ontem fez um calor senegalês. Hoje continuou e o técnico do ar condicionado teve que vir revisar um aparelho que pinga para dentro e molha todos os passantes na rua. 

Aff!

Assim que começa a abrir o aparelho aparece uma barata passeando dentro - do ar condicionado! Incrível, que bicho nojento. 

Minha casa está passando por super limpezas para começar o novo ano bem cuidada e organizada. Não é para ter insetos, mas não tem como escapar. O jeito é seguir limpando e cuidando a higiene.

A foto tirei daqui onde tem também uma reportagem bem interessante sobre as nojentas baratas.

Eu que estava chateada que o aparelho estava vazando, já estou mais animada, pelo extermínio da barata.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Grupo é terapêutico!

Estar em grupo é remédio, doce ou amargo, depende do que escolhermos.

O individualismo afastou as pessoas dos grupos. O medo, a desculpa da timidez ou de hábitos muito particulares tem afastado muita gente de conviver em grupo. Muitas vezes eu também evito.

No entanto, grupo realmente é terapêutico. As tiradas, as sacadas, as conversas sem muito significado aparente acabam sendo o remédio, a terapia que cada um está buscando.

Na última viagem uma senhora entre 40 e 50 (talvez mais) insistia em dizer que não estava em busca de relacionamento sério. A cada turno ela precisava reafirmar para si mesmo aquela verdade ensaiada da boca para fora, limitante.

Fico pensando, o que é a vida sem relacionamentos sérios? 
Relacionamentos pra valer, sérios, com homens, mulheres, crianças e velhos deveriam ser normais, duradouros ou não.

Deveríamos levar a sério todos os nossos relacionamentos. 

A sério com bom humor, a sério com muita aventura, a sério com fantasia, a sério com muiiito tesão. Mas sempre a sério, construir o melhor relacionamento, transformar-se em um ser humano real e não fantasmagórico que tem medo de sofrer e amar.

Não existe o par perfeito, nem a mulher ou homem perfeito, daí temos que  arriscar, levar a sério, e  o que aparece no presente, seja para descartar, seja para aproveitar.

Eu costumo aproveitar, e levar a sério, ainda que durem um dia ou uma viagem, ainda que sejam  descartáveis.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

É preciso tocar os limites das próprias limitações

Voltei ontem à noite de uma viagem que há muito desejava fazer. Conheci mais um pouco da serra catarinense, mas especialmente subi a fantástica estrada da Serra do Rio do Rastro.

Não é uma viagem fácil. Os riscos estão ali, a cada curva, a cada subida íngreme e a incerteza de saber se vamos vencer aqueles limites naturais e chegar ao topo, ao clímax da montanha, faz com  que sejamos cautelosos e ao mesmo tempo perseverantes.

Os motoristas que sobem e descem, seja em motocicletas, seja em transportes de carga ou transportes coletivos imediatamente estabelecem um pacto silencioso de cooperação. 

Não tem como ultrapassar, cada ação deve ser responsável para não colocar em risco a própria vida. E pensando responsavelmente na própria segurança, se respeita o próximo. Simples assim. Uma lição muito importante para o bem viver.

Viajei em grupo, um grupo formado a partir de um brilhante mestre. Um guia excepcional que com intuição e sensibilidade estudou o perfil de cada viajante e não titubeou na regência impecável. 
Chegamos alguns  poucos avulsos, outros em pares. Alguns sabendo o que tinham pela frente, outros na expectativa de passar bons momentos, e provavelmente outros sem qualquer expectativa, sem qualquer desejo ou sonho especial, como muitas vezes se vive o dia-a-dia até expirar o prazo de validade.

Adorei. Adorei. Adorei!

Ano que vem vou repetir o itinerário, porque realizei um sonho, aprendi muito com aquela natureza e sei que as lições ainda não estão completas. 

Existem muitos sites a respeito da Serra do Rio do Rastro, mas vale registrar para começar a pesquisa por este aqui.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Meio certo, meio errado o importante é ir até o fim e aprender

Eu frequento alguns cursos "on line" onde sou corrigida e corrijo exercícios. Não é fácil, mas não é impossível.
Meio certo, meio errado, corrigindo ou sendo corrigido, é importante opinar, aceitar outras opiniões, ir até o fim das tarefas.

Quando eu corrijo atividade de outra pessoa, às vezes preciso pesquisar, estudar conteúdos que há muito não repassava e redescobertas surgem. E cada vez mais cuido para ser responsável nas observações que faço.

Quando sou corrigida, reestudo, analiso a crítica, busco esclarecimentos se ainda tenho dúvidas, enfim, vou à luta para aprender com os auxílios que recebo.

Afinal,



"Se o conhecimento pode criar problemas, não é através da ignorância que podemos solucioná-los." 
Isaac Asimov


sábado, 10 de novembro de 2012

Tempo: ou se perde ou se ganha. Não tem meio termo.

Ontem fui a Gramado, procurar um móvel para minha casa. Chegando na loja, o gerente sugeriu me enviar as opções por e-mail, porque estava sem o catálogo (uma vendedora estava usando o catálogo em um hotel para uma venda do mesmo móvel que quero comprar). Resumo da ópera: eu poderia ter telefonado para a loja e ter pedido para enviarem por e-mail, sem precisar subir a Serra!
Mas não perdi tempo. Ao invés de desanimar, fui passear pela cidade.
E Gramado está linda, em ritmo acelerado para o Natal Luz, o verdadeiro Natal Luz, não a versão carnavalesca que levou fortunas dos cofres do município.
Fazia muito tempo que eu não ia a Gramado, acho que até como um protesto contra tanta influência de gente estranha àquela comunidade trabalhadeira e honrada.
As floreiras tocam músicas clássicas por onde se anda na avenida Borges de Medeiros. Policiais e trabalhadores pelas ruas, tudo funcionando, todos trabalhando, dentro e fora dos estabelecimentos.
E este ano tem a novidade do espetáculo Korvatunturi, para nos contar a lenda da origem do Natal lá na montanha da Lapônia.
Vou ter que ir. Um espetáculo imperdível. Abaixo uma introdução do super espetáculo e o enredo.





Era uma vez, um povo antigo e sábio que vivia num mundo encantado chamado Korvatunturi, uma terra longínqua com uma grande montanha mágica que escuta os pensamentos de todos os seres e onde a aurora boreal brilha todas as noites. Este povo vivia da bondade e sabia que todos os seres vivos estavam conectados com a Árvore da Vida. Mas a grande árvore estava enfraquecendo, se apagando. O povo de Korvatunturi estava aflito, aguardando a chegada do mensageiro que vinha com noticias da Terra dos Humanos, a qual vivia grandes conflitos entre os homens, conflitos que cresciam...

Korvatunturi é o nome de uma montanha localizada na Lapônia. Há uma lenda local que diz que nos pés desta montanha há um mundo mágico e místico jamais visto por nenhum humano, e que ali vive Papai Noel. A lenda diz ainda que a montanha de Korvatunturi com seu formato que lembra uma orelha é capaz de escutar os desejos das pessoas de todo o mundo. É esta lenda que inspirou a criação deste novo show.

Como começou o Natal? Como surgiu o Papai Noel? De onde vem o Espírito de Natal? O mais novo show da temporada de Natal em Gramado desvenda os mistérios da origem do Natal e do mundo místico de Korvatunturi. O espetáculo nasce de uma explosiva fusão de teatro, dança, técnicas circenses e cenários virtuais capaz de encantar um público de todas as idades.


quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Meu trabalho é estudar!

Quando eu ainda cursava o ensino fundamental aconteceu de querer me exibir para o meu pai mostrando-lhe que tinha recebido uma nota alta em uma matéria importante.

Meu pai depois de um breve silêncio respondeu que eu não fazia mais do que a minha obrigação ir bem nas provas, já que meu trabalho era estudar. Ele  era durão, e a dureza deste homem me ajudou a enxergar a realidade com lentes  menos sonhadoras.

Eu não gostava de estudar, até que resolvi gostar. Quando adulta, não gostava de trabalhar, até que tive que aprender a gostar para "facilitar" meu ganha-pão.

Já faz mais de um ano que não preciso trabalhar, formalmente. Hoje trabalho gratuitamente e somente naquilo que me interessa. Sofri para chegar neste ponto, mas olhando de cima para baixo, valeu cada sacrifício.

Meu grande desafio tem sido estudar todos  os dias. Meu escritório é minha sala de estudos e não tenho um dia de folga, porque a cada novo dia tem uma nova lição, um novo conhecimento, que soma cada vez mais e sempre mais.

Vale muito a pena estudar e sentir o progresso, e me mantém afastada de televisão, de facebook, de fofoca e principalmente da depressão, que cada vez abocanha mais mentes sem utilidade.
Xô bobageiras, xô inutilidades!!!!!

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Eu sei pintar!

Quase tudo que aprendi na vida, começou com atenção. Prestando atenção em quem eu achava que fazia bem alguma coisa.

Assim aprendi um monte de coisas, muitas das quais não faço mais hoje, mas ainda lembro e posso fazer se quiser.

Com a inundação do meu apartamento na praia, prestei atenção ao trabalho do pintor. Preguiçoso, mas bom na técnica.

E trouxe o que aprendi comigo e apliquei por aqui, pintando um corredor e dois quartos. Estão lindos.
Antes da inundação eu olhava a bagunça e desanimava. Nenhum pintor aceita pintar tão pouco, por um preço justo e eu só iria me incomodar com os "profissionais" que andam por aqui.

A pedra no caminho não impediu a caminhada. Muito bom. Aprendi muito com esta experiência, e não doeu nada, nem no bolso.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Uma semana depois...

acordei com 58,7kg e cada vez melhor.

Sim, para emagrecer ou manter um corpo bem distribuído tem que estar sempre vigilante.

Qualquer alteração digestiva, hormonal, emocional ou seja lá o que for, coloca tudo a perder. A balança não mente.

Uma semana atrás eu já estava mais perto de 62 do que dos 58 que é um quilo a mais do meu peso.

Não tivesse me alertado, provavelmente hoje a coisa estaria mais fora de controle.

E emagreci sem sacrifícios, é importante registrar para lembrar. Não adiei o processo. Assim que saí da quadro agudo, comi de tudo, nos horários certos, bebi vinho e cerveja e a mesma quantidade de atividade física.

Mistério. Provavelmente o propósito, a decisão de parar de engordar foi a gota d'água para reverter a situação.
Bom saber que vou entrar em novembro na casa dos 58 quilinhos!!!!
Bom saber que sempre vale a máxima: querer é poder. Uma causa nobre estar em paz com o próprio corpo!
Que venha Novembro.

domingo, 28 de outubro de 2012

Leitura Nova ou Continuação?


"O Fim da Memória": chegou ontem pelo correio.
 Troca de livros. Não vai ser um livro de leitura fácil, nem rápida, mas quase não parei de ler ontem mesmo.

Preciso escolher o próximo livro para ler, mas também não quero despertar o velho hábito de ler um pouquinho de cada e não terminar nenhum. Tenho feito uma média de  leitura de 3,5 livros por mês este ano, o que não é grande coisa, mas considerando todos os outros de estudo e revistas que leio e não computo, é uma média razoável.

Desde que me propus a organizar a leitura - um livro por vez - sinto que  aproveito melhor o conteúdo. O prazer da leitura é maior. O ritmo varia conforme o tom que o autor sugere. Se precisar a leitura do livro vai levar mais tempo, para a entrada de um outro "que se atravessa com urgência", não para ficar esquecido na prateleira. Somente nesta situação é que outros livros passam à frente. Foi o que aconteceu este ano com o livro "Cozinha Confidencial", que ficou para trás, em banho maria, mas jamais esquecido.

Muito melhor ler com critérios.


"On Rue Tatin" está em inglês e comecei a ler o ano passado. Também recebi em uma troca de livros.
É delicioso ler este livro, em inglês, onde a autora conta como vive com sua família em um país que não é o seu - França - em uma pequena cidade, mas que foi escolhida pelo seu apreço à gastronomia francesa.

Um livro recheado com receitas simples, fáceis de testar e se viciar de tão saborosas.


Parei de ler (p.148) para aperfeiçoar meu inglês, mas não esqueci que tenho que retormar e terminar a leitura (p.306).


É isso. Minha próxima leitura, até o fim do livro e quem sabe o de cima furará a fila dos outros como o próximo depois deste. 

sábado, 27 de outubro de 2012

Cozinha Confidencial


Finalmente terminei de ler o livro Cozinha Confidencial. Foi difícil ir até a última página, mas confesso que até mais da metade do livro li extasiada os segredos de bastidores de cozinhas "chefiadas".

Em muitos momentos não conseguia me desprender do livro, de tão hilários ou por tão trágicos  os eventos que se sucediam.

Paralelo ao livro assisti alguns vídeos das viagens do autor pelo mundo e a entrevista com a Gabriele Hamilton, e devo admitir que o autor é uma grande figura e que vale a pena conhecer a sua obra e refletir sobre as reviravoltas da sua nada pacata vida - privada e profissional.

Leitura indispensável para quem trabalha com alimentos e fornecedores. 

Contudo o "discurso de iniciação" (pp.359-367), com as devidas adaptações, vale para todos nós, indivíduos que trabalham ou não, mas que interagem em sociedade.

P.S.:ontem à noite, depois de programar este post fui em um jantar-dançante pelo aniversário de um músico muito estimado na nossa cidade e na hora do jantar, quanto pedimos um filé ao molho Marsala e acompanhamentos e o garçom disse que viria em 10 minutos, não pude deixar de lembrar do Anthony Bourdain e das confidências a respeito deste tipo de serviço. Bem, ao menos o prato estava comestível. Depois que se conhece os meandros do funcionamento de preparo de grandes buffets dá um certo receio encará-los.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Carpe diem!




Acordei com o mesmo peso de ontem. Estou considerando uma vitória.
A vida de todo o dia, por toda a parte, é um desafio constante, e quem anda distraído ou sem objetivos, perde a chance de aproveitar o melhor de cada instante.

Hoje estudando na lição "Marine Life" descobri este lindo vídeo, que traduz bem o que sinto e penso.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

A vida é curta, mas com muito espaço para ser feliz!

Ontem nas aulas on line de Inglês recordei Shakespeare, pelo soneto da foto,destacado por um colega que vive na França.

Fiquei extasiada lendo. À noite, na aula de conversação de Italiano, mais Shakespeare, que jamais havia lido em italiano, e é lindo.

Não podia perder o dia sem reunir tudo em um post porque hoje sigo bem, feliz e acordei com 59,2kg. As palavras de Shakespeare vieram ao encontro do meu propósito de tomar as rédeas da minha vida, seguir minha intuição e ser feliz.

Felicidade não tem preço, não tem código de barra, não vai para as prateleiras de mercados. Felicidade é escolha, opção. Tem gente doente, pobre, miserável, que consegue ser feliz com migalhas. Tem gente poderosa, com muitos inimigos, poucas saídas e também sabe encontrar a felicidade.

Felicidade não se explica, se sente e para sentir tem que incorporá-la na vida, em pequenas porções todos os dias.

Eu andava acabrunhada, entregue a um médico que descobriu uma patologia em mim. Ora, mas eu não sou a patologia! E desinchei, e meu corpo voltou a reagir, a ser feliz e eu, externamente, junto.

Para recordar as sábias palavras de Shakespeare, registro em inglês, italiano e português:

I always feel happy, you know why?
Because I don’t expect anything from anyone. 
Expectations always hurt. 
Life is short, so love your life,
be happy and keep smiling.
Live for yourself and remember: 
before you speak, listen! 
Before you write, think! 
Before you hurt , feel! Before you hate – love!
Before you surrender – try!
Before you die – live! "
William Shakespeare 


 "Sono sempre felice, sai perché? 
Perché io non mi aspetto niente da nessuno, 
l’attesa fa sempre male. 
I problemi non sono eterni e hanno sempre una soluzione.
L'unica cosa che non ha soluzione è la morte. 
.. Goditi la vita, perché è molto breve, 
amala pienamente, e sii sempre felice e sorridente, 
vivi la tua vita intensamente. E ricorda: 
Prima di discutere, respira; 
Prima di parlare, ascolta; 
Prima di criticare, esaminati; 
Prima di scrivere, pensa; 
Prima di far male, senti; 
Prima di arrenderti, prova; 
Prima di morire, VIVI ...!

"Sempre me sinto feliz, sabes por quê? 
Porque não espero nada de ninguém. 
Esperar sempre dói. 
Os problemas não são eternos, sempre têm solução.
O único que não se resolve é a morte. 

A vida é curta, por isso, ame-a! 
Viva intensamente e recorde: 
Antes de falar... Escute! 
Antes de escrever... Pense! 
Antes de criticar... Examine! 
Antes de ferir... Sente! 
Antes de orar... Perdoe! 
Antes de gastar... Ganhe! 
Antes de render... Tente de novo!
Antes de morrer, VIVA!!

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

As incertezas na vida

Enfrentei poucas e boas entre Julho e Agosto, enquanto estive  em Chicago fazendo intercâmbio.

Tive que me virar sozinha, porque não aceitei a moradia, em um lugar super longe e perigoso. Paguei caro pela minha segurança, mas são águas passadas.

Apesar de todo o stress conseguia me exercitar todos os dias (apesar do calor record que fez por lá) e voltei pra casa com 58kg o que considerei uma vitória, considerando a quantidade de delícias disponíveis para comer nos EUA.

Para manter o ritmo puxado adquirido lá, e o inverno daqui, decidi que além da Ioga e exercícios aeróbicos, iria fazer hidroginástica para continuar em forma no verão. 

Não sei ainda se foi boa ou má ideia querer colocar mais uma atividade física.
Já diz o velho ditado que "não se mexe em time que está ganhando".
Daí...precisei ir ao cardiologista para atestar minha saúde física para praticar aulas de hidro no clube, e ele duvidou dela (da minha saúde), apesar de eu estar me sentindo ótima. Só não dei o pé na bunda dele, porque é meu médico já há alguns anos. Resultado, desde setembro fui me deprimindo, aguardando os exames e resultados, comendo e fazendo quase nada de atividade física. Esperando, perdi o pique, o prumo e de incertezas se tornaram meus dias.
O peso subiu da noite para o dia de 58 para mais de 61 kgs. O médico me pediu para tomar remédios. Eu odeio remédios, fujo deles, mas sou obediente.

Domingo fiquei mal, muito mal e parei de comer até ontem, quando comecei a melhorar à noite.
Sintomas? Os mais variados possíveis.
O lado bom de tudo é que ontem me vi com 59,3kg, embora fraca, com o pé na cova. 
Hoje? 60kg porque já estou me alimentando novamente, mas com muito cuidado.

Ah, e reduzi as doses dos remédios. A vontade de parar com tudo, pegar minha vida sem eles, era (e ainda é) enorme, mas e as incertezas que povoam a vida?

PRÓXIMO MÊS  começo a hidroginástica (já tenho o "suado" atestado de aptidão física!) e faço a revisão com o médico para quem sabe retirar a droga que meu corpo não está aceitando.
Espero não precisar mais de remédios e voltar à vida com menos incertezas acerca do meu corpo e peso. 


sábado, 20 de outubro de 2012

Preconceitos, ao menos um, todos têm

Acho complicado regras governamentais contra preconceito, punindo empregador com leis, ou com prisão esta ou aquela pessoa por ter chamado um negro de negro ou um homossexual de homossexual, etc.

Desde que o mundo é mundo, desde que estamos aqui na terra, ora rastejando, ora em pé, existe preconceito e cada um tem o seu ou os seus e também sofre pelo preconceito dos outros. Não tem como fugir dos preconceitos ou escondê-los atrás de legislação preconceituosa que nunca vai salvar a sociedade do preconceito ou coibi-lo.

Penso que preconceitos devem ser enfrentados de frente e passa pela educação, pela mudança cultural da sociedade em tolerar as diferenças.

O pobre tem preconceito contra o rico e vice-versa. O gordo, do magro e vice-versa. O fraco do forte, o sacana invejoso do honesto, o pequeno do grandalhão, o jovem, do velho, e por aí afora, uns com preconceito dos outros, diariamente.

Vai acabar o preconceito? Difícil. Enquanto escrevo vou repassando meus próprios, inclusive quanto a última reforma ortográfica, imposta por lei e inobservada.

Contudo, não é acobertando preconceitos em determinações legais, do tipo "cumpra-se" que vão acabar.

Preconceitos precisam ser vistos de frente, negociados, redimidos, entendidos e até perdoados e esquecidos.
Todos nós, durante a vida, vamos passar pela tristeza de sofrer um ou mais preconceitos ou pela falsa glória de sermos preconceituosos. É real. É humano. É inevitável.

É preciso coragem para detectar o preconceito e limpá-lo da nossa vida.
É um exercício diário, até à morte.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

"Siga em frente, sem abusar do retrovisor"

Comprei este livro junto com os últimos que li, em uma promoção.
Iria ler no dia de São Nunca, imaginava, mas também este furou a fila.
E eu estava precisando ler neste momento da vida.
Meu filho tá namorando, minha filha também e eu não sei bem como me mexer no meio dessa gente nova na família e não quero quebrar os pratos.

Veio em boa hora este livro, fácil de ler e muito feminino.
Não é um livro para velhas, nem propriamente para jovens ou noras.
É um filho que fala de família, das histórias e conflitos e principalmente sobre o vasto e complexo universo feminino.

Gostei muito de ler "Nós, as sogras" e o título deste texto que ora posto é da autora, quando refere algumas decisões a serem tomadas pela "Sogra Zen".

A autora também cita uma bela frase de um francês como ela, André Malraux:

Nada se opõe mais à felicidade do que a lembrança da felicidade.

 Verdade pura!

A vida merece ser simples, presente e atual e a felicidade merece ser construída a cada passo e não meramente recordada como algo que não volta mais.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Capital da Solidão?

Ouvi hoje cedo no rádio que uma pesquisa do IBGE apurou que a capital brasileira aonde vivo a maior parte do ano tem o maior índice nacional de pessoas que vivem sozinhas.

Notícias no Brasil são assim. Pá..pum. Cada um pense o que quiser.
O que significa para a sociedade, para o indivíduo, para a nação esta opção das pessoas?

Sob o aspecto econômico, eu acredito que quanto mais pessoas sozinhas, maior a despesa para manter os lares. É bom dividir despesas, refeições, tarefas, etc.

Sob o aspecto físico-espacial, acho que morar sozinho é uma forma egoísta de se colocar no mundo. É claro que a pesquisa não mostra que muitas destas pessoas vive com um ou mais animais e gastam muito com seus "pets".

Sob o aspecto emocional, pode ser bom, mais ou menos, indiferente ou ruim e até danoso. Não aparece, mas o índice de suicídio de pessoas que vivem sozinhas é alto. Passam a ideia que estão bem e da noite para o dia desaparecem de nossas vidas.
Pode ser bom se temos uma vida agitada fora ou dentro de casa ou se mesmo sem isto, sabemos nos relacionar com nós mesmos, cozinhando, limpando, cultivando plantas, lendo bons livros e não perdendo o interesse pela vida fora de si mesmo.

Somos sós. estamos sós, na maior parte do tempo, ainda que não tenhamos coragem de enfrentar este fato. Podemos estar em multidão, que não adianta se esconder de si mesmo. Nossas dores, ansiedades, alegrias, vantagens e desvantagens, eficiências e deficiências são únicas e particulares.

A reportagem  indica simplesmente o número do IBGE e não diz mais nada. É apenas uma solitária informação, da pior espécie.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Vale a pena lembrar esta sábia reflexão

O Orgulho e a Vaidade

O orgulho é a consciência (certa ou errada) do nosso próprio mérito.

A vaidade, a consciência (certa ou errada) da evidência do nosso próprio mérito para os outros.
Um homem pode ser orgulhoso sem ser vaidoso, pode ser ambas as coisas, vaidoso e orgulhoso, pode ser — pois tal é a natureza humana — vaidoso sem ser orgulhoso. 

É difícil à primeira vista compreender como podemos ter consciência da evidência do nosso mérito para os outros, sem a consciência do nosso próprio mérito. 

Se a natureza humana fosse racional, não haveria explicação alguma. Contudo, o homem vive a princípio uma vida exterior, e mais tarde uma interior; a noção de efeito precede, na evolução da mente, a noção de causa interior desse mesmo efeito. 

O homem prefere ser exaltado por aquilo que não é, a ser tido em menor conta por aquilo que é. É a vaidade em ação.

Fernando Pessoa, in "Da Literatura Européia"

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Joaquim Barbosa

 Jamais imaginei que um dia teria vontade de escrever sobre este Ministro. Parecia que fazia corpo mole no STF, em licença remunerada prolongada passeando pelos butecos do Rio de Janeiro, era o que se lia.
Relator do processo do mensalão? Nenhuma esperança que fosse ser justo, apesar das escancaradas provas e até confissões de prática de crime pelos membros do PT que querem se perpetuar no poder. Pois tenho estado de boca aberta de admiração e são merecidas as capas com suas fotos nas revistas desta semana.

Destaca a Revista Veja, as seguintes palavras de Joaquim Barbosa:

"Minha vida é de muita luta, algumas vezes em ambientes hostis. Sou um sujeito que nunca pediu nada a ninguém, nunca me curvei a ninguém e tive muita sorte".


Eu e tantos outros milhões de brasileiros estamos muito orgulhosos com a luta deste homem simples do povo, que hoje ensina a milhares, com seu exemplo,  que é importante sim ser honesto, trabalhador e honrado.
Que origem simples não é desculpa para não querer ler livros e até se vangloriar deste não-querer (como faz o Sr.Lula).

Lutar por uma vida mais digna, sem se curvar, sem vender a alma, ou o corpo e-ou a mente é mais do que sorte, mas este homem deixa barato, simplificando o palavrório, para que todos compreendam.

Sorte é "quando uma ideia ou meta dá certo, sem planejamento nenhum, nem previsão de possibilidades e riscos." É o conceito do dicionário informal da internet.

Sim, prezado Ministro, a sorte é nossa de tê-lo à frente deste complicado processo e mais sorte teremos se os condenados forem efetivamente para a cadeia e se devolverem o dinheiro desviado da sociedade, nem que seja parte dele, porque muitos (provavelmente todos) construíram patrimônios privados imensos em nomes de terceiros.

A vida do Ministro, do homem Joaquim Barbosa, conforme tudo indica foi pautada contra a sorte que lhe era predestinada. E com muito planejamento, com muita determinação e enormes riscos, aí está ele, colhendo os louros do sucesso alcançado.

Sim, a sorte é nossa!
Muito Obrigada!!!!!



quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Mais ou Menos Normal

Eu troco livros em um site, leio e compro muitos livros o ano inteiro e ganho outros tantos, porque adoro livros.

Desde o ano passado tenho comprado livros fantásticos, alguns fora de catálogo como este que acabei de ler, por apenas R$ 2 ou R$ 3 reais. E são livros ótimos.

Este é o primeiro livro que leio de Cintia Moscovich. Adorei. Apesar de ter lido por muitos anos suas crônicas no jornal gaúcho, foi uma surpresa sentir a força da narrativa nesta literatura classificada como infanto-juvenil da Coleção Cidades Visíveis.

Passeei pelas ruas de Porto Alegre com ela, vivi cada experiência descrita como se estivesse lá, ora com a escritora, ora com Gaia e sua vida mais ou menos normal.

Uma delícia.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Pé direito e muitas trocas

Há mais de sete anos eu tenho enviado e recebido cartões postais.
Envio alguns da minha cidade, alguns dos lugares por onde viajo e tantos outros cartões divertidos.   Recebo postais do mundo inteiro, às vezes de lugares que nem imaginava que existissem no mapa

Minha preferência é por receber fotos de cidades, especialmente daquelas onde a pessoa que envia reside ou visitou e quer compartilhar alguma experiência.

Ainda não tinha recebido nenhum postal da Lituânia e este chegou ontem, inaugurando as remessas de outubro. Ontem mesmo enviei dois para a Rússia e um outro para os Estados Unidos. 

Não bastasse aprender mais sobre a localização geográfica das cidades, cada cartão vem recheado de histórias de vida, de emoções, de sentimentos que transbordam para o lado de cá.

Os cartões viajam muito, milhares de quilômetros para chegar até nós, então não tem como não se emocionar.

Vilnius, aprendi, é a Capital da Lituânia.
Não é linda?
Gostei tanto da apresentação da cidade, daquele país, que agora quero incluir a Lituânia (Vilnius) em uma próxima viagem. Para isso tenho intensificado os estudos de língua inglesa. Para desbravar países de línguas que considero impronunciáveis!!!

domingo, 30 de setembro de 2012

Sem força, mas cheia de vontades

"O segredo da força está na vontade". Giuseppe Mazzini

Setembro passou, no galope.

Eu estava cheia de planos para fazer e acontecer e meu mundo desmoronou.

Devido a dúvidas médicas sobre minha saúde física, tive que me submeter a muitos exames  e acabei me afastando da saudável agenda de atividade física.

Não bastasse, o apartamento na praia foi inundado pela obra de vizinhos descuidados e eu com viagem marcada para o Uruguai.

Adoeci, física e mentalmente, enquanto esperava um diagnóstico, e agora que o médico me deu "alta" haja força para correr atrás do prejuízo.

Adoro o mês de setembro, mas o deste ano teve cara e roupagem de agosto, com tantos desgostos. O frio, as chuvas, a umidade de agosto e as doenças deslocaram-se para setembro e muitos velhinhos sucumbiram.

Neste mês de setembro fiquei frente a frente com as minhas limitações, frustrações e angústias e percebi que já lido muito melhor com elas. Apesar de tudo, não perdi a vontade de resolver o que tinha que ser resolvido, não deixei de viajar, nem de fazer o que era urgente, no ritmo possível, mas sem descuidar de nada.

O segredo da força está na vontade, nos diz o político e revolucionário italiano.
A meu sentir, está certíssimo. 

Preciso urgente recuperar a vontade de esquecer as agruras de setembro e tocar a vida,  reforçando a imunidade e me alegrando por quase nada ou por muito.
Haja vontade para transpor as dificuldades, as tristezas e aprender como lições de vida e não de morte.

Vontade, vontade, vontade, muita vontade, com força. É a resposta que procurava para enfrentar outubro.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

"O futuro nunca está gravado em pedra"

Comprei o livro "O Circo da Noite" antes de viajar para Chicago, em Julho. Queria lê-lo logo, mas resisti e li neste mês de setembro, com calma, apreciando cada detalhe criado pela autora.
Este é o primeiro livro de Erin Morgenstern e provavelmente o enredo estará daqui há alguns anos nas telas do cinema.

"- É uma questão de ponto de vista, a diferença entre parceiro e oponente - explica Tsukiko. Você dá um passo para o lado e a mesma pessoa pode ser as duas coisas ou outra totalmente diferente. É difícil saber qual é a verdadeira. E você ainda tem muitos fatores com que lidar, além do seu oponente."

Erin, além de escritora  é artista multimídia.
Resolveu escrever para expressar sua arte sob um novo ponto de vista, especialmente para registrar aquilo que não conseguia explicar nos desenhos, e o que se sente na leitura do livro é a artista e seus esboços contados em uma trama, meio conto de fadas, meio sonho, meio fantasia, mas acima de tudo palpável e a um passo da realidade de cada um.

Depois que se começa a ler, não tem como parar e não tem propriamente vilões ou mocinhos, mas personagens em busca de respostas e de realizações, ora fantásticas, ora nem tanto, e outros que simplesmente se satisfazem em sonhar "O Circo da Noite" perseguindo-o mundo afora.

"Estou cansada de tentar manter as coisas juntas - diz Célia quando ele se aproxima. - Tentar controlar o que não pode ser  controlado. Estou cansada de me privar do que desejo por medo de quebrar coisas e não conseguir consertá-las. Elas vão quebrar de  qualquer jeito, não importa o que fizermos."

Simplesmente adorável este livro e muito bem traduzido por Cláudio Carina.


sábado, 15 de setembro de 2012

O meu melhor amigo às vezes para de bater


Quando aparecem os resultados de uma adolescência (ou verdes anos da juventude) descuidada com a saúde?
Esta semana foi a vez de reaprender de que o que está feito, está feito, e só se pode remediar, enquanto  houver mais tempo, enquanto ainda não chega o ponto final.
Dia 13 enquanto estava ligada a um aparelho para medir pressão a cada 15 minutos, a minha primeira sogra encerrava sua história entre nós.
Ainda este ano tive o privilégio de abraçá-la, de conversar com ela e de me emocionar com o seu amor e lucidez.
- "Estou com 91 anos. Quero viver mais. Quero viver muito mais." - disse-me com o olhar brilhante e firme e com a voz possante que sempre ressoará em mim.
Viveu mais. Adorava o mar e não perdia um veraneio.
Mais sete meses viveu e agora partiu deixando entre nós tantos ensinamentos, coragem e princípios que não se encontram em qualquer esquina.
Não foi uma santa, não foi infalível,  mas humana e decidida, e imprescindível em minha vida.
Eu a amei desde o primeiro momento em que cruzamos na praia e a amarei pelo resto da minha vida, mesmo que seja ínfimo.
Ontem no cemitério, meu coração teimava em não bater, ou em bater de qualquer jeito e eu ainda não tinha lido o livro de Adriana Lisboa, mas que não por acaso já estava na minha bolsa, antes de eu saber do falecimento de Dona Sofia.
Sem sono, li nesta madrugada as 79 páginas do livro "O coração às vezes pára de bater". Era o que eu precisava.
E pensar que este livro chegou esta semana e o destino seria o de ficar em uma empilhado, na espera de mais de 3 anos, considerando tantos outros que chegaram antes.
Contudo, nada é por acaso, e conhecer esta escritora, através desta leitura infanto-juvenil foi como receber a garrafa do  mar, com a carta que escrevi em pensamentos. Sim. Eu quis escrever uma carta para cantar meu amor por Dona Sofia e escrevi do início ao fim, em pensamentos.
E aqui o mar quase entornou, Adriana!
Muito obrigada às duas.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Melhor do que o silêncio...

Este é o segundo livro que leio de Eric-Emmanuel Schmitt e caiu nas minhas mãos na hora  certa, ou melhor, no dia certo, em que estou ligada 24 horas em um aparelho medindo minha pressão a cada 15 min.

Stress. Ouvi isto por onde passei, vejo isto em cada rosto, em algumas confissões desajeitadas,  e nas minhas próprias expressões e apressados gestos.

Eric-Emmanuel Schmitt nos fala de um menino que fugiu de casa e que é acolhido em uma escola para ser lutador de sumô. Primeiro tem que aprender a se alimentar e depois se esvaziar. Com linguagem simples o autor faz lembrar que "a vida não é um jogo nem uma luta, senão haveria apenas ganhadores".

Psiu ... então me diz, pra que tanto stress????


quarta-feira, 12 de setembro de 2012

E sonho tem preço?


Hoje comprei meu primeiro globo terrestre, parecido com este da foto, tamanho médio, com iluminação e controle remoto.

Não paguei o melhor preço, mas realizei um sonho. Agora posso deixar meus dedos roçarem o mundo inteiro e ir de um continente ao outro em frações de segundos.

Alguns minutos depois posso me perder em algum oceano ainda desconhecido ou percorrer toda a linha do Equador sem nenhum esforço. Com a palma da minha mão posso fazer acordos de paz. 

Usando minhas duas mãos posso fazer uma miscelânea de todas as religiões e deixar os fanáticos sem rumo.

Enquanto chove copiosamente lá fora, o meu pequeno globo se colore e eu fico pensando quanto estudo (e sacrifícios) até se chegar a conclusão que a terra é redonda, sem falar em todas as transformações que a própria terra passou para ser este lugar habitável.

Certo é que diante de tanta grandeza somos seres minúsculos, mas enquanto vivos, altamente privilegiados por tudo que nos cerca.

Xô preguiça!!!!






O Vídeo tirei daqui

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Paixão por livros

Desde criança, sou apaixonada por livros.
Através deles aprendo sobre minhas emoções, descubro fronteiras, experimento diferentes sensações e sentimentos.
Em Chicago comprei meu primeiro Guia para Crianças (foto da Amazon) e terminei a leitura completa ontem.
Apesar de ser para crianças, tem 63 páginas de muito conteúdo e é bastante abrangente.
Com lindas fotos e textos enxutos passa por cada cantinho daquela grande e linda cidade nos enchendo de vontade de explorá-la. 
Curiosidade que gostaria de destacar que aprendi pelo guia:
-Chicago é conhecida como "city in a garden" - cidade no jardim - considerando seus 552 parques (jardins).
Sem dúvida, apesar de tantos arranha-céus, andar pelas ruas de Chicago é uma oportunidade de estar sempre próximo de um jardim, de um parque, ou de calçadas com lindas floreiras.
Não bastasse, a cidade é cheia de obras de arte a céu aberto e as pessoas não estragam como no Brasil, nem os jardins ou parques, nem os monumentos.
Viajar é muito bom, mas ler é uma grande e permanente viagem. 

sábado, 1 de setembro de 2012

Tenha bons sonhos!


Amor à primeira vista. A gente sabe quando acontece.
Em fevereiro deste ano, tarde da noite, eu passeava em Verona. Noite de carnaval e uma livraria aberta. Pedi por este livro, mas ele realmente só chegaria às livrarias no início de março quando eu estaria em Portugal.
Em abril, já no Brasil, encomendei o livro e só em junho chegou às minhas mãos.
Ontem terminei de ler e vou querer ler os outros livros deste autor.
Alguma coisa me dizia, pela resenha do livro, que a leitura seria útil para mim, e foi. Como eu, Massimo perdeu a mãe quando criança e teve que viver com o pai, um pai muito parecido com o meu, sem saber muito bem demonstrar os sentimentos e com o pesado fardo da morte da mulher amada.
Ontem era o aniversário de meu pai e ler este livro e terminá-lo ontem, fazendo algumas reflexões sobre meus pais, foi muito bom.
Massimo Gramellini contando sua história fez eu repensar  minha própria história e torcer por ele e ao mesmo tempo torcer por mim mesma.
Hoje também meu pai é morto e é preciso um esforço diário para que as lembranças, a dor da perda, as dúvidas sobre por que assim e não assado não atormentem o presente.
Só amando muito quem nos deu a vida e aceitando a vida e a morte como são, permite que se vá em frente, viver a própria vida, com novos (ou repetidos) enigmas para que os próximos da fila percam tempo (de preferência não) em decifrá-los.