A frase espelho, espelho meu sempre reflete a memória do filme da Branca de Neve e os 7 anões.
Mais intimamente, reflete a dúvida de cada um se está bem, se parece bonito, competente e até poderoso.
O ser humano é cercado por espelhos. Às vezes os espelhos são puxa-sacos, pessoas dispostas a confirmar o ego nosso de cada dia. Outras vezes por pessoas insatisfeitas consigo mesma ou conosco que estão sempre iluminando o nosso lado mais escuro.
Tem também os "espelhos" que se divertem, que brincam com nossa imagem, mais à direita, mais à esquerda e até desfocando.
Certo é que espelhos existem desde que o mundo é mundo e sem eles não teríamos a mínima ideia da nossa silhueta ou fisionomia. E espelhos servem para isto: para dar uma ideia da nossa imagem e semelhança, em um determinado instante.
Não adianta quebrar os espelhos quando não se está satisfeito com o que se vê, nem mergulhar para dentro dele, como fez Narciso.
O jeito é, a cada imagem construída ou destruída, seguir em frente.
Precisamos uns dos outros para espelhar a vida, a morte, as alegrias e as tristezas.
Precisamos dos espelhos, de todas as imagens, ainda que falsas, para decifrar os grandes mistérios. Afinal, ninguém tem o poder de ver a si mesmo a não ser pela interpretação de espelhos, sejam eles animados ou inanimados.
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"Um sonhador é alguém que só consegue encontrar seu caminho à luz da lua, e seu castigo é ver o amanhecer antes do resto do mundo" Oscar Wilde