segunda-feira, 30 de abril de 2012

Eu gosto muito de ler os livros e de assistir os filmes de Cristina Comencini. Escreve muito bem e não se tem vontade de parar de ler até o fim. Confesso que assisti mais os filmes dela, do que li seus livros (este é o terceiro que leio).
"Quando la notte" foi lançado no cinema (2011), soube que foi vaiado em Veneza e Cristina enfrentou com muita elegância a rejeição dos críticos atribuindo que a resistência ao seu filme se devia ao tabú  sobre a endeusada maternidade onde não nos compete abrir as cortinas sobre as angústias e a dificuldade de ser mãe. As vaias da crítica foram motivo suficiente para que eu adquirisse o livro e hoje terminasse a leitura com muita satisfação. Sou mulher e sou mãe e faltou na minha vida um Manfred para me salvar.

Não tem como não se emocionar com os temas delicados tratados no livro. Os conflitos, o silêncio, as dificuldades de cada um nas relações familiares, especialmente aquelas decorrentes da maternidade estão bem apresentados nas 203 páginas do livro.

Levamos para a vida adulta a nossa criança, o nosso passado com todos os fantasmas.
Marina e Manfred, sobreviventes de si mesmos e das relações familiares duelam através de segredos e  de descobertas que mudam suas vidas para sempre.

Estupendo!

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